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Casa de Yuji / Goiva

Jun 09, 2023

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Descrição do texto fornecida pelos arquitetos. Com um terreno estreito e curto, a Casa do Yuji está localizada no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. O projeto é do escritório Goiva, dos arquitetos Karen Evangelisti e Marcos Mendes, e o prédio de 40 anos, feito de tijolos maciços, mantém o visual tradicional em uma rua no meio de outras casas e sem muito movimento de carros.

Os arquitetos tiveram como ponto de partida o pedido do morador Yuji de uma casa moderna, com bom acabamento e tecnologia na construção, além de dois dormitórios no andar superior e um banheiro, como o imóvel já possuía. Outro desejo era trabalhar com design brasileiro em interiores, atendido por meio de uma curadoria que mantém contato com a arquitetura e valoriza artistas nacionais, com móveis assinados por Gustavo Bittencourt, Guilherme Wentz e Estúdio Bola.

A área social foi prioridade para o cliente, que adora receber. No primeiro andar, a sala e a cozinha são interligadas para facilitar a circulação, e, nos fundos, foi construída uma churrasqueira interligada à cozinha, além de um deck como área de acesso. Na planta original da residência, o corredor era utilizado apenas para circulação, mas passou a fazer parte do cenário da área social. Esta extensão da casa, incorporada também para trazer iluminação natural à cozinha e sala, foi adornada com paisagismo, implementado como bloco de vista, protegendo a privacidade.

Pensando em um espaço para receber amigos e familiares, o subsolo foi escavado para a construção de um pub, um pedido especial do morador, que é acessado por uma escultural escada de aço e um jardim íntimo. O estacionamento encontra-se num nível abaixo do primeiro andar, aproveitando a escavação dos anteriores proprietários.

O grande desafio, segundo os arquitetos, foi a parte estrutural do projeto, considerada a mais complexa. Às paredes originais foram acrescentadas novas estruturas de suporte, que serviram como sistema de suporte principal, e o corpo da casa foi ampliado em betão na zona da cozinha. “Mudar a estrutura da casa, modernizar seu cotidiano e uso sem interferir na linguagem e na história antigas foi de longe o nosso maior desafio”, afirma Marcos Mendes.

Ainda sobre os desafios, Karen Evangelisti destaca que os ambientes compactos, pequenos e segmentados foram repensados ​​para que a casa ficasse mais integrada e aberta. “Este projeto ganhou grande força com a integração dos espaços sociais e a utilização de texturas de concreto, madeira e pedra natural”, completa.

Na fachada, os volumes de concreto das janelas se destacam na paisagem, tanto para quem mora na casa, trazendo mais luz e espaço para o interior, quanto para quem caminha pelo bairro, podendo ver um pouco do atmosfera da residência.

Durante a noite, a iluminação externa passa a ser protagonista. Da entrada ao final do terreno, as plantas se destacam e valorizam a arquitetura, tornando o viver mais acolhedor. Como resultado, foram mantidas as características das casas locais, mas com um interior totalmente moderno e renovado.

Susanna Moreira